sexta-feira, 14 de março de 2008

Editorial

Aqui, a bronca é livre!

"A dor da gente não sai no jornal..." (Luís Reis e Haroldo Barbosa)

Você está satisfeito com a sua operadora de serviços de telefonia, que, de vez em sempre, manda fatura errada ou corta o telefone mesmo com a conta paga? Supra-sumo da falta de respeito, ela oferece descontos generosos aos novos clientes e pune você, cliente antigo, com aumentos brutais? Você está feliz com a sua operadora de TV a cabo? Ela o deixa refém do Faustão e do Gugu domingos a fio, e, depois, com a maior cara de pau, envia a fatura cheia, sem devido desconto dos dias sem serviço? E o seu provedor de acesso à Internet? Ele costuma sair do ar bem no dia em que você precisaria terminar aquele trabalho urgente e cuja realização depende dela, da Internet? A banda larga mais parece banda lerda?

Você está satisfeito com os serviços de telecomunicações? Não? Nem eu! Pra falar a verdade, quase todos nós, brasileiros, temos muitas queixas presas na garganta. Queixas que os jornais e revistas, mesmo os especializados, não registram. Porque não querem ou porque não podem...

VIVA-VOZ chega para divulgar, com a máxima agilidade, precisão e honestidade, notícias relativas ao setor – na área da inovação tecnológica aplicada a produtos e serviços. No dia-a-dia, este blog fará um registro do que vai pelo mercado de telecomunicações. Um mercado, que, no Brasil, movimenta, por ano, milhões e milhões de reais e emprega milhares de trabalhadores.

Mas VIVA-VOZ quer ser, antes de mais nada, uma a tribuna livre. Aqui, eu, você, nós diremos da dor de ser consumidor de telecomunicações no país em que o governo desonrou a promessa feita quando queria nos convencer da necessidade de privatizar os serviços, dez anos atrás. A promessa de quantidade, qualidade e preço justo.

VIVA-VOZ grita a dor dos consumidores traídos. Consumidores que, na maioria das vezes, não têm a quem recorrer. A dor que, a exemplo do que diz a canção dos compositores Luís Reis e Haroldo Barbosa, imortalizada na voz de Chico Buarque de Holanda, positivamente, não sai no jornal.

2 comentários:

Sonekka disse...

SAbe que essa semana me toquei de que sou refem de uma operadora?
No caso a Claro.
Meu celular foi adquirido num pagamento de plano de 200minutos. Um legalzinho pra mim, um razoavel pra minha esposa.
Acontece que ele foi furtado. Aí eles me dão um credito pra adquirir outro. Claro, claro! eu gasto 250 pilas por mês com essa merda. Mas eles querem o boletim de ocorrência, pra quê eu não sei. Se cada vez que eu perder alguma cosia eu tiver que reclamar na delegacia... rsrsrsrs A
í fui lá, depois de um chá de cadeira que me custa mais caro que um celular, não fui atendido. Claro. Terei que voltar e perder meu sábado, que custa muito mais que um celular, claro.
Bloqueio o celular depois de ficar pendurado no telefone por um tempo que me custa mais que um celular, claro.
Aí descobri que ia ter que continuar pagando 200 minutos pra manter o celular da minha dileta esposa em uso. 200 minutos em tese. as restrições são tantas que os 143 reais nunca sairam por menos de 200,00, na última paguei 279,00. Lastimavel , posto que ela quase não usa, então tenho que doar dinheiro pra operadora.
Pra cancelar, como sobravam uns meses de contrato de "fidelidade" eu teria que pagar 375,00reais e assim poder suspender o pagamento...ops 375,00 + 375,00 do celular da minha esposa porque - "Sinto muito senhor, não podemos desmembrar a conta". Até argumentei que com 750,00 reais eu compraria 15 celulares da TIM ja com 40 reais de crédito cada um, mas como eu assinei, então fiquei refém e não cliente fiel! Aopreço que me cobram não seria commoditie?
Assim que acabar o contrato de fidelidade ao qual me algemei pra ter dois celulares que foram pra assistencia técnica duas vezes, eu jogarei-os fora. Simples assim.
Terei dois celulares pré pagos pagando uma baba por cada minuto falado. Mas terei a liberdade de cidadão.
- Oi, só mais uma coisa, é claro que não será mais um celular Claro!
Duvido que alguém que foi assaltado ficaria amiguinho do bandido.

Lucia Helena Corrêa disse...

Caríssimo Osmar,
isso acontece num segmento em que há relativa concorrência. Imagine se não houvesse... Veja só o que acontece na área de telefonia fixa em São Paulo, onde a Telefônica faz o que quer...
Esse tipo de coisa, meu querido leitor, só vai terminar quando a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fizer a lição de casa, fiscalizando e punindo os desmandos... Ou quando nós, ao ficarmos ricos, comprarmos as empresas de telefonia só pra ter o prazer de botar fogo... Inaceitável!
Lucia Helena Corrêa, editora de VIVA-VOZ