sábado, 12 de setembro de 2009

É hoje! É hoje! É hoje!

Tem dia que é assim: acordo mais Oxum do que Xangô, mais sentimento do que razão... Menos Touro, mais Escorpião... e aí, finalmente, entendo porque meu coração cresceu mais do que o normal e, às vezes, quase explode: era mesmo preciso, pra me conter... e tanto... Tem dia, meu amor, que eu acordo, mas continuo sonhando. E a alma, livre da garra dos pés, sai voando nos braços da poesia, e lá, livre de tudo, se derrama inteira nestes versos, refúgio de todas as dores. Deve ser este o endereço de mim mesma -- e da Divindade...

Ouvindo Nana Caymmi... (Ai!)

Me amar, meu amor?
Isso seria muito pouco...
quase só um detalhe...

Onde você estiver,
o que eu quero,
mesmo que sua memória falhe,

é que jamais se esqueça de mim...
Isso sim...

Masculinamente, se esqueça
da cor do meu vestido
naquele dia e erre a nossa canção...
No meu aniversário, esqueça o presente
falte ao jantar e me mate de fome.
Faz mal, não...
Na crise de ira,

troque até o meu nome.
Mas, pelo meu amor, que é tanto,
mesmo que tudo passe, assim...
mesmo que se quebre o encanto,
por favor, não se esqueça de mim...